quarta-feira, 23 de março de 2016

Death Note, um anime verdadeiramente polêmico


Acho que Death Note é um dos animes mais conhecidos, e mais subestimados de todos, principalmente por causa dos fanboys do anime que criam muito conteúdo bobo nas redes sociais e gostam do anime pelas razões erradas...põe erradas nisso.
Death Note é uma obra que visava o público juvenil que dá para resumir como o pessoal que gosta de DB/Z, One Piece, Naruto, Fairy Tail, Bleach, etc...muitos nomes para se destacar nesse estilo, mas verdade seja dita, Death Note é uma obra excessivamente adulta, envolve suspense, sobrenatural e fala de uma grande polêmica social sem que a grande maioria possivelmente perceba do que se trata.



Por via das estatísticas, é comprovado que uma em cada 10 pessoas deve ser uma psicopata, entretanto só 2% de todos os psicopatas do mundo são assassinos em série e pessoas realmente perigosas, apesar de a sociedade no geral, ao menos aqui no país onde todo crime hediondo é prática de "psicopatas". O que muita gente não imagina mas o anime discute abertamente e dá exemplos muito comuns na sociedade que nós simplesmente ignoramos é a existência e a importância desses psicopatas na sociedade. No anime nós temos 4 fortes exemplos, cada um muito distinto do outro: Raito, L, Near e Mellow.
Raito é o psicopata que ultrapassou a fronteira entre a sanidade e a loucura de uma vez por todas e se tornou um "justiceiro" assim que encontrou o Death Note e testou se as regras do livro eram verdade. O poder o enlouqueceu mas por muito tempo ele só tinha sido descoberto por uma pessoa. Ele no anime acabou sendo visto como herói, salvador e etc por muitos, porque ele acabou por meio do medo fazendo uma lavagem cerebral nas pessoas, o que não é muito diferente de certos casos semelhantes que se vê por aí quando se trata de religião. Kira pensava que era um Deus, mas na verdade, era só um reles mortal praticando abuso excessivo de poder.
L é o psicopata altruísta, vamos dizer assim. Ele é alguém que usa as suas capacidades mentais melhoradas para cooperar com a sociedade caçando ameaças, no caso criminosos e com isso ele acaba polindo as suas capacidades. Apesar de ser completamente egocêntrico, L é o perfeito exemplo de muitos investigadores policiais, perfiladores e pessoas especializadas em investigar grandes golpes ou assassinatos em série. Observação: Para quem assiste seriados policiais, existem personagens psicopatas no C.S.I(Gibson é um ótimo exemplo), Criminal Minds (a maioria dos personagens da equipe são) e alguns outros seriados policiais.
Near é uma personagem que seria a versão "mais jovem" do L, entretanto o método utilizado por ele é diferente. Enquanto o L geralmente usava evidências e suspeitas para chegar aos culpados, o Near é o tipo de investigador que instiga o criminoso (Kira) a agir e se sentir todo poderoso até acabar sendo pego no flagra.
Mellow é o psicopata rebelde, que nega o mundo mas se aproveita dele. Ele é o exemplo perfeito de um mafioso que enriquece muito sem que hajam falhas e ele seja pego. No mesmo exemplo dele você tem muitos políticos e empresários que enriquecem rapidamente por meio de corrupção e dificilmente alguém consegue ligar os pontos e captura-los.

As pessoas costumam ter medo de psicopatas, algumas são e não imaginam que são ou tem medo de descobrirem que são porque a sociedade marginaliza quem tem psicopatia, sendo que, a psicopatia é só um distúrbio de desenvolvimento de mentalidade que geralmente é causada por diversos tipos diferentes de traumas emocionais durante a infância de um indivíduo, isso não torna esse indivíduo necessariamente perigoso, o que vai torna-lo perigoso é o ambiente onde ele vai se desenvolver, os exemplos, valores, conceitos, príncipios e experiências que ele vai ter durante o seu período de formação. Na grande maioria dos casos nenhum dos indivíduos se torna um criminoso, em alguns casos muito isolados eles acabam passando por alguma experiência que faz com que eles acabem revivendo seus traumas e aí "o gatilho é puxado" e eles acabam se tornando perigosos realmente. Mas como eu pesquisei várias vezes, são casos isolados e muito raros, portanto não é correto chamar um assassino de psicopata, a maioria dos crimes passionais podem acabar sendo bem hediondos e uma pessoa movida por vingança raramente é uma psicopata...quando ela é...bem né... CORRAM PARA AS COLINAS!

Falei da psicopatia, falei do anime. Parem de falar do caderno, discutam a polêmica explícita no anime, o caderno é só  um meio para um fim, e o preço que o Raito paga é algo que nenhum daqueles que tanto falam do caderno estariam dispostos a pagar. Tanto é que o grande lema do psicopata é que os meios justificam os fins, e normalmente no caso deles, justifica mesmo. O que importa é a eficiência e não a forma como se chega nela.



Mas se tem algo muito positivo em Death Note além da psicopatia é a discussão da justiça e da lei, entretanto não preciso de muito texto para defini-la: A justiça só seria realmente perfeita se uma única pessoa ditasse todas as leis. Isso é um fato. É medonho para muita gente isso, mas é a mais pura verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário